segunda-feira, 19 de setembro de 2016

LOUCURA DE DOMINGO COM "AZAMIGAS" E COM BOA MÚSICA

Foto Andreia Cangane
Dei esse título pra postagem, porque foi uma loucura esse último domingo (rs rs), e foi muito bom! Pensar que moro no extremo da zona sul, o Shopping Anália Franco onde rolou a boa música fica na Zona Leste, fora de mão, e nada, nada 1h50 mais ou menos, de transporte público. E ai voce pergunta pra que essa viagem toda para ir ver um show que dura mais ou menos 1h?! (Ah! Não fui a única a fazer essa loucura, teve gente que levou mais tempo ainda, bem mais tempo).

Então! Difícil explicar, na realidade difícil de me fazer entender, porque são coisas que não são racionais, ou até são, afinal, sai de casa 7h30 da manhã pra ir para um Shopping que abre as 10 e o show programado só começa as 12h, mas não sai só para o show, sai também para encontrar pessoas, trocar ideias, conversar um bocadinho enquanto esperamos o show. Além de conseguir um lugar melhorzinho, sem ninguém te atrapalhando a enxergar o palco, visto que, por conta do meu tamanho, se, por acaso eu ficasse em pé, acabei ficando (rs rs) podendo ter sentado, mas no final das contas acabei ficando em pé, e, nesse caso, não pode ter ninguém na minha frente.

Foto Andreia Cangane
E, foi isso mesmo, encontrar galera, compartilhar de um almoço juntas, dar risada, valeu o domingo! Permanecer um bom tempo, em uma atmosfera de boa energia, SEMPRE VALE A PENA.
Mas, agora, se não tivesse esse encontro, talvez não chegaria tão cedo, mas iria pra ver o show...e digo que sairia muito feliz!! 
Confesso que fui ao show pela participação do Pedro Mariano, confesso que já imaginava que ele cantaria as canções que já o vi cantando, mas confesso também, que admiro, respeito, e sempre tive curiosidade de conhecer e ver de perto o Maestro João Carlos Martins. 
Música clássica não me assusta (rs rs), não tenho medo (rs rs), na realidade, é que tenho preferência por canções (música e letra).

Ontem me lembrei do show em 2013, do Pedro em Santo André com a Orquestra Sinfônica de Santo André, em que o Maestro Carlos Eduardo Moreno, que regeu a Orquestra naquele dia, fez com que o público participasse também das músicas da Orquestra, fiquei encantada naquela época. 
E ontem, o Maestro João Carlos Martins, me trouxe a mesma sensação de PURO ENCANTAMENTO, primeiro mostrando pra galera que conhecemos a música clássica , que ela já está na nossa memória ha muito tempo, como Jesus alegria dos homens, a serenata noturna, e juntando o clássico com os populares e se eu tivesse uma boa dicção do inglês, ou mesmo um bom embromation, teria acompanhado Yesterday e Love of My Life de boa (rs rs), mas não rola, só uns trechinhos, e ainda teve Em algum lugar do passado, cinema paradiso. E ele me encantou mesmo, eu apenas acompanhando com olhar vendo-o tocar o Piano com toda dificuldade que tem agora, mas é uma superação, e isso emociona, arrepia.

Foto Andreia Cangane
E é um ser de um bom humor, de uma educação maravilhosa e que demonstra muita gratidão também. E nos ensina muito com sua história de determinação.
Quanto ao Pedro?! Ahhhhh! Primeiro, na passagem de som de roupa escura, camiseta e calça escuras, acho que era pra se misturar com os músicos da Orquestra (rs rs), depois todo de terno preto, acho que era pra se misturar com os músicos da Orquestra (rs rs).

Não tem o que dizer do Pedro, que ele canta muito, que tá lindo demais, que talvez, a participação podia ser um pouquinho maior (rs rs) eu estava imaginando 5 canções, não três, acertei duas Certas Coisas e Pra voce dar o nome, Sangrando eu queria muito, mas achava que ele optaria por Simplesmente, Faltando um pedaço e Um pouco mais perto...Mas, foi pra mim uma surpresa, optaram que a terceira seria Sangrando de Gonzaguinha, e o regente, João Carlos Martins.
Nas duas primeiras o maestro deixou o regente substituto que não gravei o nome, fazer as vezes na regência e o Marcelo Elias o acompanhou ao Piano.
Ah! Era pra ser 4 (rs rs) o Maestro tentou nos ajudar a ouvir a voz do Pedro mais um pouquinho, e em primeira mão, o chamando para o palco, quando junto com a Orquestra e membros da bateria da Vaivai regeu Trem das Onze, chamou o Pedro para o palco e lhe deu o microfone. Eu não reparei, mas disseram que o Pedro disse que o tom estava alto pra ele, e Pedro ficou ali com o microfone, na mão, mas não para cantar, mais para ajudar o maestro a Orquestrar a plateia, Pedro podia ter feito coral conosco, vai?!

Mas, fato...esse encontro foi único e mesmo sendo canções que eu já conhecia com o Pedro no seu projeto com a Orquestra, vê-lo mais uma vez ao lado de um talento da música clássica foi de admirar mais um pouquinho esse artista, e como disse João Carlos Martins
"Pedro dá orgulho a todo brasileiro pelo seu talento, não porque é filho da Elis, mas pelo seu talento, pela carreira que ele mesmo criou".
E eu digo, João Carlos Martins, dá orgulho a todo brasileiro também, não só pela sua história de vida, mas pelo talento que esbanja e pela paixão com que faz o gosta.

Fotos Pedro Mariano_Participação Especial no Show João Carlos Martins e Orquestra Bachiana Filarmônica_Grandes Encontros_Radio Alpha FM e Shopping Anália Franco_SP
18/09/2016

Bjs
Neli

sexta-feira, 2 de setembro de 2016

LICENÇA PARA LUCIANA MELLO

"Meu pai e minha mãe sempre colocaram muito samba em nossa mamadeira", é assim, que Luciana Mello e Jair Oliveira sempre falam das influências musicais que veio de dentro de casa.
E por ter se deliciado com tanto samba, o novo CD "Na Luz do Samba" não poderia ter outro resultado, é um CD de SAM-BA, em letras maiúsculas mesmo e bem pronunciado. Não tem sambinha, só sambão e da melhor qualidade.

Na audição, que digo, tá difícil de não querer ouvir de novo e de novo, percebi uma Luciana reafirmando que nasceu para cantar, nasceu também para o samba, empresta todo seu talento e com seu timbre e suingue brinca com os compassos de cada canção. As canções contam com arranjos de Otávio de Moraes, Prateado, Webster Santos e Walmir Borges. 

Pra produzir o Cd ela também contou com a colaboração de seus fãs, através do Financiamento Coletivo, e os fãs agora, eu me incluo, claro, podem saborear canções que alimentam a alma. Ela nos deu um pouco, ou melhor, nos deu muito do que tomou na mamadeira.
A cada samba que se ouve, consegue sentir a presença de Jair Rodrigues, afinal, é a ele que ela oferece o trabalho.

Foi por causa de um conselho dele, que ela mergulhou no samba de corpo e alma pra realizar esse projeto. Ela conta que ele sempre dizia, "Minha filha quando voce gravar um sambão, um sambão mesmo, voce vai arrebentar a boca do balão!"
É Jairzão! Ela gravou, e gravou sambão mesmo! Mas voce sabe, voce com certeza esteve lá no estúdio acompanhando e a iluminando.
O cd conta com mais algumas colaborações de integrantes da família, tem o irmão, Jair, na composição de três das nove faixas, são as inéditas do CD. Em duas delas, Brasileira Guerreira e Na correria, reforça a Luciana Mello, mulher, mãe, guerreira, que canta pra a autoestima da mulher.
Posso dizer que essas duas canções estão na lista das que mais amei, Jair Oliveira falando de mulher, me faz lembrar Chico Buarque, fala com conhecimento, afinal, tem cinco mulheres muito próximas em sua vida, cinco mulheres fortes.
Mas, já digo, gostei de todas as canções.
Percebi também nesse trabalho, a Luciana cidadã, quando ao interpretar Escasseia, ela nos faz uma alerta, discreto, é bem verdade, mas está ali nos alertando a cuidar da nossa água.
A outra participação da família é da Nina, sua filha de 7 anos, que quis entrar no estúdio pra cantar com a mãe, na época tinha 6, idade bem próxima de quando Luciana gravou, no Cd do pai, a canção o Filho do seu menino...é a terceira geração de uma família musical que vem surgindo. Luciana deixa claro que não existe pressão. Só sei dizer que a Nina fez uma belíssima participação na faixa Roda de Baiana que encerra o Cd, é uma das três canções do repertório do Jair Rodrigues escolhida para o CD.
Acredito que Nina deva ter ouvido  próprio avô a cantarolar, Luciana contou que viu a filha cantando e sem errar a letra e se admirou.
E eu só posso dizer - Eita mamadeira boa!
Outra participação no Cd é da afilhada musical do pai, Alcione, a Marrom, que divide com ela a canção Somente sombras, mais uma faixa que veio do repertório do Jairzão. O interessante nessa faixa e quando voce ouve uma, depois a outra, e depois as duas juntas voce tem a certeza de que o samba não vai morrer, que tem muito chão ainda pela frente.
O Cd ainda conta com as faixas: Clementina, outra que Jairzão gravou (não consigo ficar sem bater palma, nessa e em Escasseia), Sou eu (o samba mais tranquilo do Cd) e Joia Rara, essa última uma regravação do Walmir Borges que assina a produção junto com Luciana Mello, inclusive, creio que foi uma decisão bem acertada, o disco, digo mais uma vez, ficou um disco digno do SAMBA, samba paulista da melhor qualidade. E essa canção é uma delícia, vontade de ficar cantarolando, pena que não tenho facilidade pra alcançar uns tons que ela alcança na canção.
Ah! Calma não acabou, a cereja do bolo, a canção que abre o CD Estrela Sorridente, composta especialmente para o Jairzão.
Todo o cd foi para atender o conselho dele, mas essa, é só dele. O que é essa canção?! É mais uma das inéditas no CD e é também de Jair Oliveira, que matou a pau, realmente ele é o meu “Chico Buarque” do século 21.
E a história dessa canção, deixa claro, como a Luciana Mello tem dito em seus shows, que Deus escreve sempre certo por linhas certas, a gente é que tem dificuldade para entender o Seu desígnio.
Essa canção entrou devido a uma outra que seria dedicada ao Jair Rodrigues, mas não foi liberada pelo compositor, e ai o Jair compôs o que só um “filho fã” poderia dizer do “pai cantor”. Ele fala do que ele captou de uma pessoa com quem ele cresceu, que morava em sua casa e que ele viu muitas vezes no palco. De um ser que tinha a plateia sob seu domínio, era difícil ver alguém não sorrir dentro de um espaço em que estava Jair Rodrigues, afinal, ele era “O Sorriso”, e como não sorrir para um sorriso?! Tudo foi certo, uma composição especialmente para ele feita pelo filho e interpretada pela filha.
Esse Cd sem dúvida alguma, faz valer o ditado do velho Caymmi:
Quem não gosta de samba bom sujeito não é, ou é ruim da cabeça ou é doente do pé” Nessas descobri que amo samba. É colocar para tocar e sair sambando, cantando e sorrindo...Porque, como já disse, não dá pra não sorrir para um SAMBÃO feito para o homem sorriso.
Luciana obrigada e obrigada! E que venha o lançamento! Sucesso!

bjs